Quem é ENNIO MORRICONE

Uma imagem vale mais do que mil palavras. Entretanto, há algo responsável por dar dinamismo a ela. Se o vídeo é o ator principal, o som (os diálogos, a trilha sonora etc.) é coadjuvante; é quem carrega o piano para o solista.

No período em que cinema era mudo, pequenas orquestras davam voz aos filmes. Por isso, até hoje, os efeitos sonoros, assim como as trilhas musicais, são responsáveis por rechear uma obra do cinema ou da TV.

Com o passar dos anos e o surgimentos de premiações, muitas personalidades se tornaram ilustres; alguns chegaram até a moldar as características dos gêneros cinematográfico e televisivo.

Confira abaixo, o primeiro post da série “Os maiores compositores de trilha sonora“, com Ennio Morricone.

A história

Nascido em Roma, em 1928, Ennio Morricone é um dos compositores de trilha sonora mais importantes ainda vivo. Morricone é responsável por compor, orquestrar e reger obras tanto para o Teatro, quando para o Rádio e, em sua maior notabilidade, o Cinema.

Formado em trompete aos 18 anos e em composição aos 24, Morricone começou seus trabalhos na empresa de radiodifusão italiana RAI no final dos anos 1950 e logo faria sua estreia com composições cinematográficas, na película Il federale, em 1961.

O artista

Dali não parou mais. Logo depois seria convidado para compor as trilhas das trilogias “dos dólares” e “dos era uma vez” de Sérgio Leone; sendo os trabalhos mais notáveis o score de Três homens em conflito (1966) e o Era uma vez no Oeste (1968).  Morricone trabalhou com Leone até a  fim da carreira do cineasta, sendo o último trabalho juntos em Era uma vez na América (1984) – ano de morte do diretor.

Confira abaixo um dos temas de Três homens em conflito, que, anos mais tarde (após o lançamento do “album black“), seria usado pelo Metallica para introduzir a perturbadora (até então) “Enter Sandman”.

Notabilizado pelos westerns e filmes de época, Morricone ganhou ainda mais notoriedade na indústria cinematográfica. Atualmente, o compositor contabiliza mais de 450 participações musicais em obras do Cinema, como de Pier Paolo Pasolini, Bernardo Bertolucci, Brian De Palma, Roman Polánski, Pedro Almodóvar entre outros.

Recentemente, Em 2015, Morricone contribuiu com a trilha sonora de Os oito odiados de Quentin Tarantino, pelo qual foi ganhador do British Academy of Film and Television ArtsBAFTA (seis vezes vencedor), Globo de Ouro (três vezes vencedor) e Oscar (esse pela primeira vez – antes só havia ganho uma estatueta honorária, em 2007).

Morricone, pouco tempo depois da parceria com Tarantino, chegou a afirmar, para a edição alemã  da Playboy, que o filme do diretor de Pulp Fiction (1994) e da série Kill Bill, era “um cretino”. Entretanto, segundo o porta Uol, o próprio compositor veio a público desmentir a fala; e, pouco tempo depois, de acordo com site Omelete, o editor-chefe da revista assumiu o equívoco.

Ouça abaixo o tema principal de Os oito odiados. Em outras ocasiões, Tarantino já havia utilizado temas compostos por Morricone, mas músicas feitas para outros filmes (usou “Il tramonto” de Três homens em conflito em Kill Bill, vol. II e “Dopo la condanna” (uma referência a “Für Elise” de Beethoven) de La resa dei Conti (1967) para Bastardos inglórios (2009).

Histórias a parte e próximo dos 60 anos de carreira, Morricone é um dos maiores compositores em atividade. Seu trabalho chega a ser reconhecido até no Vaticano; na ocasião, ele compôs e orquestrou uma missa em homenagem ao Papa Francisco e, também, aos 200 anos da recongregação da Ordem dos Jesuítas na Igreja Jesuíta em Roma (veja na reportagem).

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Referências:
https://entretenimento.uol.com.br
https://www.omelete.com.br
http://www.enniomorricone.org/the-man/
https://www.oscars.org/
http://www.bafta.org/
https://www.goldenglobes.com/