HORISONT: About Time

horisont_2016A sueca Horisont é mais uma das bandas de bom gosto que fazem (ou fizeram) parte do selo de Lee Dorrian (ex-vocalista do Napalm Death) – o Rise Above Records.

(Em About Time, o quinteto sueco lançou pela Century Media Records, selo do mesmo país – com a qual assinaram em 2016)

Pouco distante de seus colegas Uncle Acid and The Deadbeats e Purson, Horisont faz um revival de um Rock mais melódico e menos psicodélico.

Em partes, é possível caracterizar a banda ao som de Kansas, BostonJudas Priest (de British Steel), Whitesnake (de Snakebite) e Dio (de Holy Diver).

(É possível, em algumas canções, notar a influência das trilhas sonoras dos filmes de Dário Argento – compostas por Keith Emerson. Perceba as linhas de teclados do disco.)

Em About Time, álbum lançado este ano, nota-se que a banda mantém firme nesse estilo – por competência ou por falta dela.

A única canção que foge a regra é “Point of Return” – quase uma referência a uma música do Kansas. De longe é uma alusão ao som do canadense Rush -até o vocal lembra os timbres e agudos de Geddy Lee.

Mas em nada lembra as músicas gigantescas de arranjos intermináveis. “Point of Return” faz o estilo das instantâneas “Close to the Heart” e “Fly By Night“, com aspirações a “Cinderella Man“.

Set list

  1. The Hive (3:45)
  2. Electrical (3:40)
  3. Without Warning (3:24)
  4. Letare (3:52)
  5. Night Line (3:39)
  6. Point of Return (4:02)
  7. Boston Gold (3:13)
  8. Hungry Love (3:52)
  9. Dark Sides (3:02)
  10. About Time (6:37)

Crédito:
Axel Söderberg: vocais
Charlie Van Loo: guitrarra
Kristofer Möller: guitarra
Magnus Delborg: baixo
Pontus Jordan: bateria

UNCLE ACID and THE DEADBEATS: Blood Lust

Se a Inglaterra gerou o Heavy Metal e as melhores bandas do gênero, não poderia ser diferente que viesse de lá (de Cambridge, exatamente) um revival do estilo.

De forma meio Garage Metal, Uncle Acid & The Deadbeats (na cena musical desde 2009) fazem um som totalmente vintage, sem muitas aspirações a virtuose.

O grupo leva seu som próximo aos feitos por Black Sabbath, Uriah Heep, Sir Lord BaltimorePentagram.

Por serem “garageiros”, o som não não é limpo. Não que as gravações sejam mal feitas, mas uma forma bem característica de demonstrar reverência aos patriarcas do Heavy Metal – em 1960, os estúdios ainda não estavam prontos para suportar a potência sonora do estilo que nascia.

(Só para constar, a banda pertence à Rise Above Records, selo criado pelo ex-vocalista do Napalm Death, Lee Dorrian. Muitas outros grupos, que também fazem um “retrô” do Heavy Metal sessentista e setentista, estão na gravadora de Dorrian.)

Em Blood Lust, de 2012, a banda apresenta um som sujo e sincero; cru e ideal.

As guitarras não entram em solos intermináveis. A bateria não apresenta sequências indecifráveis de bumbo duplo ou viradas extravagantes. E vocais duplicados, que em nada lembram agudos de operetas.

O que se acostumou a chamar de Heavy Metal, dos anos 1990 em diante, (que, na verdade, é Power Metal ou afins) alcançou um nível de virtuosismo refinado e cristalino, que nunca mais voltou à essência metalúrgica.

Enfim, Uncle Acid & The Deadbeats reviveram o Frankenstein (Heavy Metal) na garagem de casa.

Set list

  1. I’ll Cut You Down (5:02)
  2. Death’s Door (7:21)
  3. Over and Over Again (3:22)
  4. Curse in the Trees (4:41)
  5. I’m Here To Kill You (3:42)
  6. 13 Candles (7:04)
  7. Ritual Knife (4:45)
  8. Withered Hand of Evil (6:22)
  9. Down to the Fire (6:17)

Créditos

Kevin R. Starrs: vocais, guitarras principais e teclados
Yotam Rubinger: guitarras e vocais de apoio
Dean Millar: baixo e vocais de apoio
Thomas Mowforth:bateria